Yoga

Uma prática milenar mais contemporânea do que nunca

Yoga
Foto: Pedro Perestrello
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A palavra Yoga tem sua origem no sânscrito, língua da Índia e Nepal antigos, e sua raiz é “yuj”, que significa “unir” ou “integrar”. Mas unir o quê? Por quê? De onde veio essa necessidade?

A palavra Yoga traz a ideia de união e reintegração do corpo com a mente, levando ao equilíbrio do ser, e também a forma por meio da qual o ser humano evolui em sua existência.

Portanto, Yoga é uma prática:

Física: relacionada ao corpo e suas necessidades.

Mental: relacionado à mente; diz respeito ao emocional e a resposta intelectual de um indivíduo à realidade externa.

Espiritual: relacionada ao caráter interior de uma pessoa; diz respeito aos sentimentos e crenças profundas.

O nascimento do Yoga tem a ver com a revolução agrícola, cerca de 10 mil anos atrás. Com isso houve uma mudança de estilo de vida. Mudaram-se dieta, condições de vida e as atividades de subsistência. E principalmente, a movimentação do corpo humano que passou a ser especializada e não diversificada e adaptativa.

A espécie humana começou a perder todo o potencial biomecânico do corpo conforme a natureza o projetou, causando enorme impacto na saúde física, mental e emocional.

Antes da revolução agrícola, éramos expostos aos estímulos da natureza. Foi respondendo a esses estímulos e passando pelo estresse positivo, que nosso cérebro evoluiu como o conhecemos hoje. Sempre suportado pelo corpo que “ficou pronto” bem antes do cérebro. Daí a necessidade iminente de criar uma prática que devolvesse ao homem esse potencial perdido.

Ou seja: uma prática que reconectasse o homem à sua natureza. Criou-se então o Yoga.

Cinco mil anos depois, o Yoga foi sistematizado por Patanjali – mestre ou um grupo de mestres – surgindo então o Yoga Sutra de Patanjali.

No Yoga Sutra de Patanjali, o Yoga é dividido em 8 passos:

1. Yamas: valores éticos sociais e universais. Os 5 yoamas são: Ahinsa ( não violência); Satya (veracidade); Asteya ( não roubar); brahmacharya (direcionamento da energia sexual) e aparigraha (não acumulação).

2. Nyamas: práticas pessoais que cultivam um estado de purificação, entrega e autoconhecimento. Os 5 nyamas são: saucha (limpeza interna e externa), santosha (contentamento), Tapas (perseverança), swadhyaya (autoestudo) e ishvarapranidhama (rendição poder superior)

3. Asana: é a forma como o yoga é mais conhecido no ocidente; são as posturas corporais. Os asanas, segundo Patanjali, permitem que o indivíduo atinja um estado de contemplação, e portanto não tem efeito apenas na parte física, mas também atuam trazendo n=benefícios para a mente e a energia diária.

4. Pranayama: é a chave pra conectar nosso corpo à mente. Pranayamas são conhecidos como técnicas de respiração que elvam os níveis de energia vital (prana), reduzindo a atividade mental, trazendo calma e relaxamento profundos.

5. Pratyahara: está relacionada ao controle dos sentidos. Os sentidos estão constantemente conectados ao mundo exterior, mas no estágio de Pratyahara, o praticante de yoga traz a sua consciência para o seu mundo interior.

6. Dharama: é o estado de concentração mental, onde o praticante atinge um estado meditativo trazendo sua atenção para um único ponto.

7. Dhyana: estado de meditação no qual o praticante possui consciência do seu ato de contemplação e do objeto de meditação, conseguindo manter sua mente por algum tempo no seu objetivo de contemplação.

8. Samadhi: é o estado mais profundo de meditação, na qual o praticante se torna o próprio objeto de contemplação. É o estado mais elevado de um yogui.

Durante muito tempo o yoga permaneceu restrito ao oriente. Aqui no ocidente, a ciência ainda não havia realizado avanços que permitissem o reconhecimento de tais práticas e com isso milhares de anos se passaram sem que a cultura ocidental tivesse acesso aos benefícios que a prática do yoga pode oferecer a cada indivíduo.

Hoje as pesquisas científicas já conseguem reconhecer a conexão entre a energia e a matéria.

Diversos ramos da física passaram a olhar mais minuciosamente à maneira como yoga, meditação e técnicas de respiração têm o poder de alterar a energia do nosso corpo, produzindo transformações bastante benéficas, não somente para a pessoa que pratica, mas também para o ambiente ao seu redor.

ANA PAULA DAVID

Ana pratica Yoga  há mais de 20 anos. Há seis, se tornou professora e vive o Yoga de forma integral. É professora do método Kaiut Yoga nos últimos 3 anos.  Ana também é formada pela Premananda Yoga School, Yoga Restaurativo, Chakra Yoga e Pranic Healing. Por 19 anos atuou em Publicidade e Propaganda, antes do Yoga transformar por completo sua vida. Ana foi a precursora do Kaiut no Rio, abrindo a 1ª Escola Kaiut Yoga em Ipanema e também ministra aulas no app MUDE FIT.

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