As mulheres e a dança têm uma íntima conexão. Não é à toa que nos sentimos tão bem quando nos deixamos levar pelo ritmo de uma música envolvente.
Para entender mais profundamente seus benefícios e o que nos conecta a essa arte ancestral, consultamos especialistas e ficamos ainda mais encantadas com a potência que existe em movimentar o corpo.
Tânia Salgado, professora de dança com enfoque terapêutico há 30 anos, explica que a dança é considerada a primeira arte da Humanidade. Pesquisas indicam que os humanos primitivos dançavam imitando as forças da natureza. Segundo Tânia, a energia feminina está concentrada na região da pelve e do quadril, o centro realizador e gerador de vida. “Existe um tabu em relação ao quadril feminino. Nosso sofrimento psíquico muitas vezes está relacionado a essa região, e é por meio dela que restauramos o bem-estar e a potência feminina”, explica a especialista.
Para estimular o vigor, a saúde pélvica e a criatividade instintiva do corpo feminino, Tânia criou a YINdance. Esta prática combina diferentes movimentos, com ênfase no quadril, ativando o corpo físico, emocional, vibracional e alquímico. A prática regular desta modalidade, que inclui movimentos e danças meditativas tântricas, pode resgatar a jovialidade, a criatividade e melhorar a sexualidade feminina. “Trabalhamos energias para curar nossas células e nossas relações”, define Tânia, que aos 56 anos esbanja vitalidade.
Lucy Linck, bailarina e pós-graduada em Dançaterapia, utiliza a dança como uma ferramenta terapêutica que auxilia na reconstrução da autoestima e da autoimagem, promovendo consciência e aceitação do corpo através do movimento. Além disso, a dança oferece benefícios em todos os planos (físico, mental e emocional), podendo tratar ansiedade e depressão. “Vivi um relacionamento abusivo, e uma amiga me apresentou à dança árabe (também conhecida como dança do ventre). O ritmo, o ambiente descontraído e o brilho dos lenços de moedas me fascinaram. Percebi que minha vida poderia ser muito mais colorida se eu dançasse. Hoje, sinto a força que coloco em meu quadril como minha força enquanto mulher”, relata Lucy.
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