Cada vez mais as pessoas, de modo geral, estão buscando reduzir o consumo de proteína animal. Entre as razões para este movimento estão preocupações relacionadas ao meio ambiente, aos animais, ou por questões ligadas à saúde.
Recentemente, muitos estudos científicos têm mostrado os benefícios de uma dieta com redução de proteína animal ou mais plant based.
E aí vem o termo “flexitarianismo”.
Trata-se de uma dieta flexível, como o próprio nome diz, que propõe reduzir o consumo de carne no dia a dia. Não chega a ser uma dieta vegetariana ou vegana, mas sim um “caminho do meio”, com redução do consumo diário de proteína animal.
Nessa proposta, há um aumento do consumo de proteínas vegetais (leguminosas, feijões, grão de bico, lentilha, ervilha”).
Então, quando a pessoa sente vontade de comer carne, ela come, sem se privar, mas quando sentir real necessidade. Isso acaba nos ajudando a desenvolver uma consciência da nossa relação com o alimento, tendo contato com outras fontes de proteína que podemos incluir na alimentação.
Entre os benefícios dessa redução no consumo de proteínas animais estão a prevenção de algumas doenças cardiovasculares, renais, diabetes, hipertensão, excesso de gordura no sangue e até obesidade.
Portanto, o benefício desse tipo de hábito nutricional também tende a melhorar a digestão, uma vez que as proteínas vegetais são mais fáceis de digerir do que a animal, em especial a carne vermelha.
Neste processo inicial de transição, a pessoa pode vir a sentir benefícios e sintomas “positivos”, como a melhora da digestão, sensação de estar mais leve após as refeições, intestino funcionando melhor, mais clareza, mais foco e produtividade.
Sentir fraqueza nesse processo de mudança alimentar não é normal. É sinal de que ela não está fazendo bem a distribuição e substituição das proteínas vegetais.
Os principais pontos aos quais é preciso estarmos atentos são as fontes de vitamina B12, ferro e zinco, que são os minerais mais presentes nas proteínas animais e na carne vermelha. Então, é importante ter um olhar mais específico para isso, talvez, sim fazer alguma suplementação dessas vitaminas (B12, zinco e ferro).
O que é importante incluir nas refeições: feijões, grão de bico, lentilha, tofu, folhosos verdes escuros, brócolis, cogumelos, sementes de abóbora, girassol, linhaça, gergelim. Eles vão melhorar os níveis de B12, Zinco e ferro.
É possível que seja necessário suplementar o ômega 3. Hoje em dia, só temos essa gordura disponível em peixes e carnes gordurosas (salmão, atum, sardinha), sementes de chia e linhaça e ainda algas marinhas como nori ou suplementos de clorella e spirulina. Existe o ômega 3 vegano, proveniente de algas, que pode ser uma alternativa.
Qualquer dúvida, conte comigo!
As informações acima transmitidas não substituem a consulta médica ou com profissional de saúde. Se os sintomas persistirem, procure atendimento profissional.
VALENTINA SLAVIERO
Nutricionista funcional com uma visão mais holística, também aborda tópicos sobre espiritualidade, trabalho, relacionamento e autoconhecimento. Terapeuta Ayurveda pela Escola Saúde Elementar. CRN 10821
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