Energia em equilíbrio

por Daniela Cortes

16 de março de 2022 3 min. de leitura

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é considerada uma das mais antigas formas da medicina oriental e pode ser vista como uma ferramenta que promove o equilíbrio integral do indivíduo e, não simplesmente a cura de males específicos.

Essa medicina entrou na minha vida em 2019, em um dos momentos mais difíceis que passei, que foi a descoberta de um câncer sem cura na minha família. Na busca incessante por opções alternativas, conheci a medicina chinesa e decidi que um dia a estudaria para poder ajudar outras pessoas. Hoje, estou aqui para dividir um pouco do que tenho aprendido e fazer com que mais pessoas conheçam essa medicina tão encantadora, que tem como principal objetivo a prevenção de doenças e promoção de saúde através de oito os principais métodos de tratamento: fitoterapia, acupuntura, tui ná (massagem e osteopatia), dietoterapia, auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia e práticas físicas como meditação e exercícios de respiração.

Para a MTC, a teoria Yin e Yang são os princípios norteadores mais importantes. Somos constituídos por Qi (ou chi), que é a energia vital, a substância que nos sustenta, que surge entre os pólos Yin e Yang. Essa energia deve estar em equilíbrio e em livre fluxo, pois quando estagnada, as doenças se manifestam. Essas doenças, primeiramente se manifestam em um nível energético, mas se não forem tratadas, terão sua evolução para o nível físico. Isso explica por que muitas vezes temos sinais e sintomas de alguma doença, mas nada aparece nos exames de sangue, pois a doença ainda está no plano energético. O objetivo da medicina chinesa é evitar que a doença se manifeste e detectar o desequilíbrio antes da manifestação no órgão.

Calor, excesso e exterior são classificados como Yang, e frio, deficiência e interior são classificados como Yin. Para os chineses, o mundo é composto por essas forças opostas e achar o equilíbrio entre elas é essencial, pois o desequilíbrio Yin e Yang é a origem das alterações que resultam em patologias. O livro Suwen Tratado de medicina interna, cita que para realizar exame clínico, deve-se observar a cor, apalpar o pulso, mas principalmente deve-se distinguir o Yin e Yang (HUIHE; BAINE,2012)

Para saber se o paciente é Yin ou Yang, devemos nos perguntar: Qual a alteração da pessoa? Exterior (pele, músculos) ou Interior (órgãos e vísceras)? Sente frio ou calor? Sintomas de deficiência (sono, cansaço, emagrecimento) ou excesso? O Yin é predominante, arredondado, curvilíneo, baixo, introvertido, friorento, voz fraca, músculos fracos, lento. Já Yang, é proeminente, alto, energia masculina ligada a força, rigidez muscular, rápido. (AUTEROCHE; NAVAILH, 1992)

Uma pessoa é saudável quando existe harmonia entre estas forças; a doença, por outro lado, resulta de desequilíbrio Yin/Yang. Esse é apenas um dos fundamentos da medicina chinesa, e o início de uma longa caminhada de conhecimento. Convido vocês, que pesquisam e se interessam pelo assunto, a, junto comigo, conhecer essa medicina que pode contribuir para o equilíbrio físico, emocional e espiritual, promovendo a saúde e prevenindo doenças, nos fazendo entender a origem e o porquê dos sintomas.

DANIELA CORTES ANDREOTTI

Daniela é publicitária de formação, mas após uma mudança radical de vida na pandemia, está cursando pós-gradução em Terapias Alternativas na Universidade Positivo.