Fui uma adolescente tipo “Chokito”. Tão logo a primeira menstruação apontou, ali pelos 12 anos, começaram a brotar as espinhas na pele. Imediatamente, minha mãe me levou à dermatologista e aí começa um capítulo de altos e (muitos) baixos, de uma infinidade de tratamentos, ácidos, sabonetes, cremes e máscaras para resgatar a autoestima de uma adolescente à beira da depressão.
Praticamente tudo que você perguntar se eu fiz, vou responder que sim, inclusive receitas caseiras. Seguia à risca as orientações médicas, tinha uma alimentação equilibrada, tomava anticoncepcional, praticava exercícios, enfim, era uma paciente exemplar, mas o fato é que minha pele não tava nem aí pra isso.
Fiz contagem regressiva para os 18 anos chegarem (“dizem que aos 18 passa”, ouvia de amigos e parentes), depois para os 21… até que tomei uma medicação recém-chegada ao mercado que prometia milagres. E o milagre se fez. Por alguns anos, pude colocar o pé fora de casa sem me submeter a cumprir o ritual de disfarce das acnes. Sim, me tornei uma maquiadora especialista em esconder erupções e cicatrizes.
Passado o período de lua-de-mel com a minha pele, aos poucos, notei que as espinhas voltavam. Ainda em busca de respostas, consultei um endocrinologista, mas só ouvi coisas como “está em seu DNA, é uma herança genética, você vai precisar aprender a conviver com elas”. Nossa, vocês não têm ideia de como isso me deixava contrariada!
Até que um novo universo de possibilidades se descortinou em um evento em que participei, em março de 2019, sobre beleza natural. Ali, conheci mulheres que já usavam e estavam estudando as propriedades de ingredientes como óleos essenciais e vegetais e saí do encontro toda animada, já com meu primeiro cosmético natural na bolsa: o óleo vegetal de jojoba. Fui convencida a experimentar a partir de uma informação que me conquistou. Apesar de ser um óleo, a jojoba é excelente para ajudar a equilibrar o excesso de produção de sebo da pele oleosa. Por essa razão, é super indicado para o tratamento de peles oleosas e acneicas, como a minha! Eurekaaaa!
Mas, calma… preciso dizer que o primeiro mês de uso do óleo de jojoba foi duro. Vivi uma espécie de efeito rebote, porque meu organismo “bugou” e precisei ser muito forte e convicta das minhas escolhas para seguir adiante com a experiência. Muitas espinhas apareceram e, pacientemente, persisti (coisas de caprica! kkk).
E que bom que fui teimosa porque, dali para a frente, só melhorou! À medida que os cosméticos convencionais terminavam, eu ia adquirindo opções orgânicas, veganas e naturais, sempre com consultoria e muitas trocas entre amigas que já usufruiam dessas maravilhas da natureza. Aprendi tanto e me apaixonei de tal maneira, que fui até sócia de um e-commerce de cosméticos naturais. Descobri marcas nacionais e internacionais de alto padrão de qualidade, segurança e tecnologia e hoje o meu necessáire só tem produtos de beleza limpa, desde o shampoo sólido para lavar os cabelos até o batom da make.
Nessa jornada, passei a tratar minha pele com muito mais carinho e paciência. Conheci e comecei a respeitar seus (e meus) ciclos e, principalmente, entendi que a saúde desse grande órgão é resultado de múltiplos fatores, tais como rotina de sono, alimentação balanceada e intestino em dia. E nem sempre a gente consegue dar conta de tudo isso, não é mesmo?
Eu escolhi a beleza limpa de peito aberto, pela minha saúde, pela saúde do planeta e por acreditar e apoiar empreendimentos engajados nessa causa. Você pode começar por qualquer um desses motivos ou, simplesmente, por curiosidade. Vai ser lindo estarmos juntas nessa busca!
Roberta Pschichholz
É jornalista, podcaster, mestre de cerimônias, mãe do Bê, parceira de vida do Edu e empreendedora. Busca promover conversas que incentivem mulheres a descobrir as delícias da prática da sororidade, da beleza natural e de uma vida mais leve.
Quer saber mais sobre beleza limpa? Confira o nosso podcast com a dermatologista Dra. Patricia Silveira no Spotify.
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